sábado

Mutilação

E era o que sempre faziam com ela.
Conquistavam-na, eram conquistados inesperada e intensamente, adoravam-na.
Mais tarde, as coisas mudavam, ah sim... era ela sempre insuficiente.
Por mais que ela sorrisse, apoiasse, fizesse piadas e histórias, mentisse para alegrar, pulasse barreiras e se preocupasse, não, nunca era dedicada. Afinal, isso é modo de agir? Isso é coisa que se sincere? Por que não pode ser como todo mundo? Por que tem que ser tão errada e pensar só em si?
Dá-me teu tempo, dá-me teu corpo, dá-me teu futuro, dá-me teu mar, tuas escolhas, teus destinos, tuas preferências, tua expressão.
Venha sorrindo e aceitando, sempre. Isso, assim, Linda.

quarta-feira

Os lares que abandonei

Os lares que abandonei e terei abandonado.
Grandes lares, acho eu. Sempre com espaço suficiente para mim e quem mais quisesse estar acolá.
Meus belos lares de paredes brancas, relogios de ponteiro sem sentido - como é isso agora?? Eu, nesta copa senil, ouvindo apenas o relógio, não sinto o tempo passar?? - , frutas azedas e proverbiais, pianos e órgãos ou simplesmente uma máquina de costura com pedal, poucas janelas e muito ar e luz. Lares de correr pelo quintal, andar descalço, ler gibis em momentos intrigantes, delatar o fogo, delatar o irmão, apartar os primos, desenhar por cima do original, observar as mesmas fotos de sempre com os mesmos protagonistas maravilhosos e para sempre amados. As vezes silêncio, as vezes os passaros, as vezes a voz muda, as vezes gritos de crianças, as vezes risos juvenis.
O meu lar, meu grande lar da arvore de Natal que permanecia anos inteiros, da horta placebo, dos morcegos repentinos, da bola do vizinho. Das janelinhas que nunca terminei de contar, os peixes que nunca alimentei, o braço que nunca quebrei. Meu lar, para sempre, meu lar. Seja qual for a cor, ou o cachorro, ou a campainha, aquele sera sempre meu.
Tambem serão para sempre meus o lar do quintal de cincoenta metros, o lar dos - Uau!! - quartos separados, o lar da estrada, e o lar dos olhos brilhantes.

Lares, pares, mares, familiares.
Que venham mais, que fiquem estes, para sempre lares acolhedores de quem quer que queira sentir.

sexta-feira

Da janela pra cá

Ei você na janela,
Por que sangra tanto?
O que foi que te envenenou, te penetrou, onde você se machucou?
Não parecia mesmo um caminho fácil a ler com tantas linhas escorregadias e palavras amoladas.
Eu lamento.

Assim você vai sujar a bandeja e os lençóis. Resgatar a maçã e encharcar os guardanapos.
Eu lamento.

Sei que tudo isso tem um gosto péssimo, é sombrio e dá calafrios...
Mas não se pode deter um miocárdio amargurado.
Nunca se sabe até quando ele pode bombear tudo que se passa.

Nunca se sabe, oh Criança da Janela.

domingo

O Balanço que Transporta

Estava eu sentada no balanço com o meu avô. Conversando só para disfarçar, pois na verdade cada um somente pensava...
Ele, no passado; eu, no futuro.
Sobre medo de avião, sobre alturas e lonjuras, trens, cachoeiras. Acho que no meu caso o medo seria da cachoeira... ele tem medo do avião, da altura. Ele põe a mão no rosto, olha pro longe e fala "Não, tenho medo...."
Eu repouso a cabeça no ombro dele e fico pensando.
As coisas que sempre dizem para mim: sacrificio, distâncias, tempo. Não tenho medo de nada disso. Tem gente que demora anos para encontrar alguém que a faça feliz. Eu demoro seis horas. Isso é sacrifício?
Meu avô demorava três dias de trem para chegar aonde ia estudar. E gostava. Isso é sacrifício?

Não para mim, não para ele.
O importante é fazer o que se sente que deve fazer.



Às vezes podemos ter mil coisas a fazer, mas vale a pena ficar sentada num balanço somente pensando, enquanto se ouve um córrego e se sente uma presença pacifica.

terça-feira

"É disso que eu preciso"

Perguntei a ela o que ela tinha achados dos anos 70. Ela não soube responder...
"Ahhh a melhor epoca da minha vida foi quando eu morava no Rio! Não tinha nada, era pobre, mas o Rio me deixava feliz! Aquele tumulto, aquela muvuca, aqueles assaltos...adorava!"
E vem uma serie de historias "Eu sempre avisava aos turistas sobre os assaltos que viriam! Adorava desespera-los."
These are crazy, crazy, crazy, crazy dinners.

sábado

E se

E se você me der uma dose, eu a devoro.
E se você me der uma porção, eu a sorvo de uma vez.

E se me pedir, eu lamento.
E se disser que eu tenho, eu rio.

Isso que me consome, esse vicio que me segura, essa coisa que eu quero e não quero.

Para quê, para tudo. Sem ele nada é possível. E eu aqui sem ele.
Eu aqui com ele, sem usa-lo para o exigido.

Chega um momento em que a mente não suporta, ja não sabe para que serve, se é para tudo ou para nada.

Ah, Tempo, venha para mim, sorrindo por favor.

domingo

Prezada

Prezado(a) CAROLINA ROBERTA VAZ DOS SANTOS,

Registramos a chegada dos dados relativos ao seu pedido de inscrição no
Concurso Vestibular UFF/2010. Confira seus dados com atenção:
Nº do Requerimento: *****
Nº de acompanhamento do ENEM 2009 : *****
Curso : COM.SOCIAL-JORNALISMO
Turno : TN
Língua Estrangeira: ING - Ingles


Sinto como se alguem estivesse reconhecendo meus anseios mais honestos.
Aiai...

quarta-feira

-Ar

Esperar, esperar,
lagrimar,
horariar,
decepcionar,
julgar,
planejar,
desistar,
julgar,
condenar.

E agora, quem diria
ação debutante
já sem força nos sentidos
ousa,
ah, ousa sim,
procurar
admirar
com o amarelo e o castanho.
Estranho.



PS: catando migalhas na estrada e espalhando o desamor.

domingo

Mas eu não posso passar

Sabe, tiraram a fechadura... a porta continua la, mas trancada e sem fechadura.
Uma porta trancada que eu não posso mais abrir...
Pertence ao meu lar, mas eu não posso passar a qualquer hora mais.
Não posso visitar e nem ser visitada por duas pessoas, ja velhinhas, que eu tanto amo... não posso mais fazer isso atraves de uma unica e magica porta de ferro.
Portas de ferro são complicadas demais, olha só no que dão.

Estava tudo muito bem e apareceu uma outra pessoa assumindo tudo com pura obrigação e sem uma dose de sensibilidade e fechou a minha porta.
Eu posso ouvir tudo que se passa la, mas agora tenho que fingir que ja não é da minha conta.

Não posso chegar la de pijama a qualquer hora para dar um alô, ou atender um telefonema que é para mim mas atenderam do lado de la.
Não posso chegar de repente cheia de coisas nas mãos pedindo pra tomar banho porque queimei o chuveiro da minha casa.

Não tem mais a porta, teoricamente não tem mais a dependencia e nem a comunicação.
Agora, tenho que atravessar cerca de 6 outras casas para chegar ao outro pedaço do meu lar.

Como eu queria, como eu queria a fechadura e a chave de volta.
O outro pedaço do meu lar, a outra parte da minha familia, eu as quero de volta, a apenas um metro de mim.

Um metro, uma chave, são as coisas que eu peço.
Em meu pedido de hoje de desaniversario, acho que vou escolher essas coisas.


obs.: Tem horas que a gente se pergunta, por que é que não se junta tudo numa coisa só?

sexta-feira

(Um bom desaniversário) Pra Ti

"Marinheiro eu sou, vivo sempre assim, navegando eu vou pelo mar sem fim, nunca me interesso pelo tempo porque o tempo nada faz por mim."

"Ostrinhas bonitinhas, não querem passear? A morte é certa, a vida é bela, e o sol está a brilhar"

“Quem és tu?”
“Eu já não sei senhor, já mudei tanto desde hoje de manhã, como vê.”


"Se eu procurasse o coelho branco, iria ao chapeleiro doido.
-Ele é doido?? Não, não quero!
Ou então, a lebre, naquela direção.
-Oh obrigada, eu então vou visitá-la.
Ela também é maluca.
- Mas eu não quero ver gente maluca!
Oh, não pode evitar, tudo aqui é maluco. Você não notou que eu estou mais lá do que aqui?"

"Um bom desaniversário pra ti!"

"Um desaniversário é... ah... 30 dias tem um... e... se não me deu os parabéns, então... ela não sabe o que e um desaniversario!"

"As estatísticas provam que só ha UM aniversario, então ha 364 desaniversarios, por isso vamos tomar muito chá!"

"Mostarda?? Não seja bobo... LIMÃO! Isso é diferente, pronto! Esta consertado."

"Se eu tivesse juízo não estaria aqui. Comigo é sempre assim. Sempre digo, mas eu sei que nunca sigo as coisas que eu digo, boas para mim. Paciência, eis um conselho bom, mas eu sou tão curiosa... Se não fosse assim, tudo estaria bem. Lá ia eu, feliz da vida, tão despreocupadamente e, de repente, eu pensei e me enganei, não sei. Muito juízo, eu sempre digo, mas eu não consigo ter! Mas também é bem feito que é para eu aprender."

"E como morrer é ruim, pintamos cor de carmim!"

"Artigo 42: as pessoas com mais de um quilômetro de altura devem deixar a corte imediatamente."



Alice, onde foi que aprendeu isso??

domingo

O Desenho do 27

Uma criança desenha um anjo. Desenha um anjo e desenha si.
No desenho, a criança e o anjo andam de mãos dadas, depois abraçam-se, conversam, e parecem amigos.
Em um momento, a criança faz uma pergunta ao anjo, e o anjo torna-se um demônio no desenho. Um demônio, porque disse "Não", porque freou a criança, toda a alegria e esperança que ela tinha, o anjo (ou agora demônio) deu um basta.
E a criança continua a sorrir para o anjo demônio.
É uma criança, e seu anjo. É por isso que ela sorri.


Pessoas boas são freadas. Pessoas que fazem as coisas certas, que nunca erram, nunca pedem demais, nunca prejudicam outras pessoas, são temidas pelos seus donos.
Os donos temem perder autoridade, temem que o bom indivíduo pense que pode tudo, e por isso simplesmente cortam, a bisturi afiado, a esperança e alegria dos bons.

Não vá.

Ela me disse que ele está morrendo... não faz sentido para mim.
Na verdade, ela tem dito a todos.
E parece que só pra mim não é uma notícia digno de um sorriso fechado, sem-graça e triste.
Meu avô já tem 87 anos. Ele não sabe.
E quando contamos a ele, ele diz que já viveu demais...
Ele nunca foi de reclamar das coisas... sempre estava bom, estava razoável. Ultimamente ele tem reclamado... deve estar ruim de verdade. Deve estar muito ruim, eu não consigo imaginar...
Fêmur quebrado recentemente, câncer no intestino gerando anemia profunda.
Ele diz que tem dado trabalho demais, que fazemos sacrifícios demais para quem está no fim da vida. Mas para mim, nunca terá sido o suficiente. Pessoas que cuidam de nós devem ser cuidadas por nós, não há contra-argumento, não há. Não há, para mim.
Mais magro do que nunca, ainda tem olhos brilhantes.
Olhos castanhos e brilhantes... brilho de idade, brilho de quem vaga na infância que já passou... brilho de olhos que não assistem tevê com atenção, não lêem com atenção, só são atentos a o que pedem as palavras cruzadas.
A boininha cobrindo a cabeça quase sem fios... eu fiz a piadinha, "Está tão novo que ainda não tem cabelos!" e falei que era charme para a esposa.
Uma pessoa que antes fora tão trabalhadora, ainda é tão dedicada, tão carinhosa, comprando balas de coco para os netos, palavras cruzadas também, dando fortes abraços, chamando no diminutivo, chamando para comer junto.
Nunca, nunca haverá na minha vida uma pessoa como ele É.
E as lembranças dele nunca se esgotarão.

Em segunda.

Eu não sei onde você está... não sei se está onde estava há poucos meses, não sei se foi para outro lugar, eu não te vejo mais me encarando.
Não sei o que se passa... se você se relaciona com alguém, que seja pelo menos uma pessoa, se você se dá bem com quem te envolve, como você está, se você ainda se cuida um pouco ou se assumiu o descuido total.
Não sei no que ainda acredita, o que ainda sabe, o que aprendeu, não sei se você está são e nem se você ainda existe.
Eu somente espero a favor de você.
Espero que esteja bem, que esteja se cuidando, que tenha esperança, talvez eu até espere que você não se lembre de mim, e assim talvez você possa estar melhor.
Você lê? Você desenha? Você acredita em Deus?
No última dia em que te amei, me despedi com uma frase que esclarecia um fim, mas que permanece em mim até hoje para você: Deus cuidará de você por mim.
Se ele cuidou, não sei, e espero, novamente espero, que esteja cuidando agora.

Sinceramente, eu me preocupo com você, e quero que esteja bem.
Onde quer que esteja, como quer que esteja, e mesmo que não esteja, eu penso, sempre, no seu bem.


sexta-feira

Contando as horas para o Amor

Quantas horas, quantas faltam? De agora às 5 de amanhã... oito horas. Faltam somente oito horas, para o encontro com meu amado.

Durante dias tive dor de estômago, dor de cabeça, tudo por causa de ansiedade. Não é uma afirmação emotiva, é verdade. É tudo emocional.

Ahhh, só algumas horas, algumas horas... 3 horas até eu pegar o ônibus, passar a noite no ônibus, de preferência dormindo, ou ouvindo música, dividindo o par de poltronas com uma morena vesga, uma senhora com biscoitos de nata ou um gordo incompreendido. Tentando me acomodar, para adormecer... e acordar com a imagem da triste manhã paulistana.
Triste e trêmulo nascer do sol, faz minha cabeça esquentar, faz minhas pernas tremerem, minhas mãos se esfregarem como as patas de uma mosca, tentando também liberar algo - o quê? Ansiedade, de novo??

E a cabeça esquenta mais, as mãos se ocupam em amarrar os cadarços, depois é sair, mostrar o bilhete, pedir a mala, arrastá-la, tremendo de ansiedade.
Parar em frente ao lugar combinado, ficar observando os que descem a larga escada. Observar cada pé, cada sapato, e se, UAU, UM ALL STAR?! , observar os joelhos. Joelhos a mostra?! É ele!
Braços abertos, olhos fechados, o ar se move enquanto ele corre.

Pronto, eis que o amor me encontrou.
Mais alguns dias com materialização do amor, e tudo que isso envolve, tudo que eu e ele sabemos.

Deixo aqui a descrição da ansiedade no caminho do Amor.

Nunca será esquecido.

=)
Bom outono, bom final de semana, boa vida, bom feriado!

terça-feira

E de repente

E de repente eu percebo que respirei fundo, cobri parte do rosto com as mãos, fechei os olhos por alguns segundos e acusei essa tela de algo, como minha mãe fez comigo.
E acuso sem razão, sem poder culpar e sem poder julgar, somente lamentar, como ela fez comigo.

"Muito parecidas", é o que diziam, desde o início.

Assim me torno.

quarta-feira

Parece até mentira.

Bem, desliguei a tevê pra vir falar sobre algo que me intriga há meses (a mim e a mais milhões de informados) e talvez hoje seja minha última chance. Vou tentar expor tudo que sei.
Parece até mentira, mas em 2001 se não me engano surgiu a chance de o diploma de jornalismo deixar de ser obrigatório, ou seja, qualquer um com alguma experiência ou alguns anos de graduação em comunicação poderia escrever. Talvez até sem isso, só com conhecimento, a pessoa poderia escrever num jornal, revista, ou qualquer meio de comunicação que as pessoas procuram para se informarem.
Por quê?
O argumento era que a restrição desse cargo só a jornalistas formados ia contra a liberdade de expressão.
E os contra-argumentos são muitos, como que todo profissional liberal precisa de diploma para exercer o cargo, o diploma é a comprovação da capacidade da pessoa, e a publicação de reportagens por pessoas sem formação comprometeria a veracidade das informações.
Quais são as vantagens?
Bem, a vantagem maior, como sempre, é para o empresário, o dono do meio de comunicação, que poderá contratar uma pessoa capaz, pagando menos, sem contestação, afinal ela não possuiria formação. E até eu poderia ter vantagem com isso, porque quero fazer a faculdade de jornalismo e, se deixar de ser obrigatório o diploma, pessoas vão desistir de fazer o curso e vai ser menos concorrido.
E as desvantagens, é claro, são as do mercado de trabalho, ele vai ser muito mais concorrido porque simplesmente qualquer um pode ser jornalista! Como ser mãe ou ser pai. Claro que essas são afirmações radicais, não é bem assim, mas é quase assim.

Sinceramente, admito que minha opinião é um pouco radical.
Eu acho que deveria ser obrigatório não só porque tenho medo de não conseguir emprego, como principalmente por razões óbvias! Um médico tem que ter diploma, acessor de imprensa tem que ter diploma, até nutricionista, e nutrição é uma coisa que muita gente tem noção, tem que ter diploma.
Isso de exercer sem diploma JÁ acontece no jornalismo, vê-se o tempo todo e muitas vezes nem se percebe que é esse o caso.
Mas, diploma é diploma, o papel que dá a confirmação de que você estudou para poder trabalhar, passou anos na faculdade, então, tem diploma, tem chance.
É CLARO que há muita gente que não é jornalista e escreve muito bem, melhor do que jornalistas, mas, eu penso o seguinte: quer escrever, quer expôr suas ideias, torná-las públicas? Faça um blog!
Ou escreva para si, ou faça jornalismo.

Bem, teoricamente o desfecho sai hoje.
Acredito que o que quer que seja decidido vai levar a polêmicas (principalmente se a não-obrigatoriedade for aceita), e vai levar mais tempo para sair uma decisão definitiva, mas, oficialmente, essa chance absurda terá resultado hoje, e eu espero que seja justo.

=)

segunda-feira

Introdução?

Bem, esse negócio de iniciar blog não é muito legal... a primeira postagem, é vista como uma introdução bem elaborada que daria o resumo de tudo que vem mais tarde.
Pois bem, este blog não é uma dissertação bem elaborada, então não seguirei as regras.

Será um simples meio de expressão que alguém que quer poder escrever o que pensa sobre as pessoas próximas e sobre o que acontece no mundo, seja o meu, o seu ou o nosso.

Um simples blog em espiral, mas que não necessariamente nos levará ao núcleo.

Um bom outono, boa semana e bom sorriso.
=)