sexta-feira

Contando as horas para o Amor

Quantas horas, quantas faltam? De agora às 5 de amanhã... oito horas. Faltam somente oito horas, para o encontro com meu amado.

Durante dias tive dor de estômago, dor de cabeça, tudo por causa de ansiedade. Não é uma afirmação emotiva, é verdade. É tudo emocional.

Ahhh, só algumas horas, algumas horas... 3 horas até eu pegar o ônibus, passar a noite no ônibus, de preferência dormindo, ou ouvindo música, dividindo o par de poltronas com uma morena vesga, uma senhora com biscoitos de nata ou um gordo incompreendido. Tentando me acomodar, para adormecer... e acordar com a imagem da triste manhã paulistana.
Triste e trêmulo nascer do sol, faz minha cabeça esquentar, faz minhas pernas tremerem, minhas mãos se esfregarem como as patas de uma mosca, tentando também liberar algo - o quê? Ansiedade, de novo??

E a cabeça esquenta mais, as mãos se ocupam em amarrar os cadarços, depois é sair, mostrar o bilhete, pedir a mala, arrastá-la, tremendo de ansiedade.
Parar em frente ao lugar combinado, ficar observando os que descem a larga escada. Observar cada pé, cada sapato, e se, UAU, UM ALL STAR?! , observar os joelhos. Joelhos a mostra?! É ele!
Braços abertos, olhos fechados, o ar se move enquanto ele corre.

Pronto, eis que o amor me encontrou.
Mais alguns dias com materialização do amor, e tudo que isso envolve, tudo que eu e ele sabemos.

Deixo aqui a descrição da ansiedade no caminho do Amor.

Nunca será esquecido.

=)
Bom outono, bom final de semana, boa vida, bom feriado!

terça-feira

E de repente

E de repente eu percebo que respirei fundo, cobri parte do rosto com as mãos, fechei os olhos por alguns segundos e acusei essa tela de algo, como minha mãe fez comigo.
E acuso sem razão, sem poder culpar e sem poder julgar, somente lamentar, como ela fez comigo.

"Muito parecidas", é o que diziam, desde o início.

Assim me torno.

quarta-feira

Parece até mentira.

Bem, desliguei a tevê pra vir falar sobre algo que me intriga há meses (a mim e a mais milhões de informados) e talvez hoje seja minha última chance. Vou tentar expor tudo que sei.
Parece até mentira, mas em 2001 se não me engano surgiu a chance de o diploma de jornalismo deixar de ser obrigatório, ou seja, qualquer um com alguma experiência ou alguns anos de graduação em comunicação poderia escrever. Talvez até sem isso, só com conhecimento, a pessoa poderia escrever num jornal, revista, ou qualquer meio de comunicação que as pessoas procuram para se informarem.
Por quê?
O argumento era que a restrição desse cargo só a jornalistas formados ia contra a liberdade de expressão.
E os contra-argumentos são muitos, como que todo profissional liberal precisa de diploma para exercer o cargo, o diploma é a comprovação da capacidade da pessoa, e a publicação de reportagens por pessoas sem formação comprometeria a veracidade das informações.
Quais são as vantagens?
Bem, a vantagem maior, como sempre, é para o empresário, o dono do meio de comunicação, que poderá contratar uma pessoa capaz, pagando menos, sem contestação, afinal ela não possuiria formação. E até eu poderia ter vantagem com isso, porque quero fazer a faculdade de jornalismo e, se deixar de ser obrigatório o diploma, pessoas vão desistir de fazer o curso e vai ser menos concorrido.
E as desvantagens, é claro, são as do mercado de trabalho, ele vai ser muito mais concorrido porque simplesmente qualquer um pode ser jornalista! Como ser mãe ou ser pai. Claro que essas são afirmações radicais, não é bem assim, mas é quase assim.

Sinceramente, admito que minha opinião é um pouco radical.
Eu acho que deveria ser obrigatório não só porque tenho medo de não conseguir emprego, como principalmente por razões óbvias! Um médico tem que ter diploma, acessor de imprensa tem que ter diploma, até nutricionista, e nutrição é uma coisa que muita gente tem noção, tem que ter diploma.
Isso de exercer sem diploma JÁ acontece no jornalismo, vê-se o tempo todo e muitas vezes nem se percebe que é esse o caso.
Mas, diploma é diploma, o papel que dá a confirmação de que você estudou para poder trabalhar, passou anos na faculdade, então, tem diploma, tem chance.
É CLARO que há muita gente que não é jornalista e escreve muito bem, melhor do que jornalistas, mas, eu penso o seguinte: quer escrever, quer expôr suas ideias, torná-las públicas? Faça um blog!
Ou escreva para si, ou faça jornalismo.

Bem, teoricamente o desfecho sai hoje.
Acredito que o que quer que seja decidido vai levar a polêmicas (principalmente se a não-obrigatoriedade for aceita), e vai levar mais tempo para sair uma decisão definitiva, mas, oficialmente, essa chance absurda terá resultado hoje, e eu espero que seja justo.

=)